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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A Busca da Felicidade

Esses métodos para se tornar mais feliz foram testados em laboratório. E funcionam.

Prazer
• Permita-se ter experiências sensorialmente agradáveis de vez em quando. Não se trata só de emoções fortes. A maior parte dos prazeres é bem simples: conversar, ver uma paisagem bonita, comer algo gostoso.
• Tire “fotografias mentais” dos momentos agradáveis de sua vida – repare nos detalhes, nas cores, nos cheiros. Nas horas difíceis, tente recordar-se de tudo.
• Tenha companhia. Quase todas as pessoas sentem-se mais felizes quando estão com outras pessoas. Claro que isso não significa evitar a solidão a qualquer custo, mas é importante ter amigos.

Engajamento
• Dedique-se a tudo que você faz, no trabalho ou fora. Lembre-se: a diferença entre um emprego chato e um emprego legal pode ser a sua postura. Se você se envolver mais, ele vai ficar mais divertido.
• Arrume uma atividade desafiadora, difícil, e esforce-se para se tornar cada vez melhor nela. Yoga, aeromodelismo, videogame, natação, flauta, mountain bike, culinária vegetariana, bateria. Há opções para todos os gostos.
• Exercite-se. Esporte praticado com freqüência aumenta a disposição para a vida e em geral nos deixa mais ligados no mundo e no nosso próprio corpo. Algumas pesquisas sugerem que dar risada é um ótimo exercício.

Significado
• Pesquisas mostram que escrever num diário as coisas pelas quais você é grato garante um aumento no nível de felicidade que dura seis semanas. Portanto, de tempos em tempos, lembre-se de agradecer.
• Faça atos de altruísmo ou bondade. Colabore com alguma instituição humanitária, ensine algo que você saiba (não interessa se as aulas são de alfabetização ou de guitarra), saia do seu caminho para ajudar alguém.
• Se tem alguém que foi importante na sua vida, ainda que num passado remoto, faça-o saber disso, de preferência com uma visita pessoal. Os cientistas dizem que essa “visita de gratidão” pode valer um mês de felicidade.


A receita da infelicidade
Se você quer mesmo ser feliz, precisa se convencer de que nada disso é a solução:

Dinheiro
• Ele só traz felicidade até o momento em que cobre as necessidades básicas. Depois disso, mais dinheiro não altera o nível de satisfação. E um foco exagerado em coisas materiais vai esvaziar sua vida de significado.

Casamento
• Condicionar a felicidade a fatores sobre os quais você não tem controle não pode dar certo. Além disso, um casamento não tem nada a ver com um estado perene de alegria. Ele tem altos e baixos como tudo na vida.

Futuro
• “Vou ser feliz quando eu terminar de pagar meu apartamento.” É importante ter metas, mas achar que a felicidade está no futuro só adia sua realização. Sem falar que, depois de quitar a dívida, é provável que você invente outra meta, ainda mais difícil.

Carro novo
• Nossa cultura consumista e a publicidade criam necessidades novas a cada minuto. Às vezes o carro antigo ainda funciona muito bem, mas você se convence de que não pode viver sem o modelo maior que foi lançado esse mês.

Beleza
• Mais um caso de expectativa irreal. Em primeiro lugar, porque é impossível ter um corpo e um rosto perfeitos. Em segundo, porque nada disso é garantia de felicidade. Pergunte à Gisele Bündchen se ela não sofre às vezes.

Status
• Priorizar símbolos de status indica uma preocupação maior com os outros do que com você mesmo. Uma cobertura de frente para a praia é boa por causa da vista maravilhosa, não porque vai deixar os amigos morrendo de inveja.


Felicidade interna bruta
A Holanda é o país mais feliz do mundo. Mas o Brasil está bem.

“A Felicidade Interna Bruta de um país é mais importante do que seu Produto Interno Bruto”. A frase foi dita nos anos 70 por Jigme Singye Wangchuck, rei do Butão, um país budista espremido entre a China e a Índia. Se formos acreditar em Wangchuck, o índice mais importante que existe é aquele avaliado pela pesquisa comandada pelo especialista americano Ed Diener. Pessoas de várias partes do mundo tiveram de avaliar sua própria felicidade, dando notas. O resultado foi bem interessante. Primeiro: ficou claro que os países ricos têm níveis altos de felicidade. Nenhuma nação com renda per capita maior que 20 mil dólares por ano tirou nota de felicidade abaixo de 8 e todos os que passaram de 9 são ricos. Mas não são só os ricos que riem. Nossa América Latina também passou de ano, apesar da pobreza. O destaque foi a Colômbia – justo ela, assolada pelo tráfico de drogas e pela guerra civil. O Brasil revelou-se menos feliz que Argentina e Uruguai, uma surpresa para quem acredita no estereótipo carnavalesco. Mas também nos saímos bem.

Felicidade é…

Tirando “amor”, não tem palavra mais difícil de definir. Veja aqui algumas tentativas

… “viver em paz e harmonia.”
Visão budista

… “a atividade da alma dirigida pela virtude.”
Aristóteles, filósofo grego (384–322 a.C.)

… “uma boa saúde e uma memória ruim.”
Ingrid Bergman¸ atriz sueca (1915-1982)

… “breve. Nunca chame um mortal de feliz até ver como ele baixou à sua tumba.”
Eurípedes, dramaturgo grego (480-406 a.C.)

… “um mistério como a religião. Não deveria nunca ser racionalizada.”
Gilbert Keith Chesterton, escritor inglês (1874-1936)

… “algo que não alcançaremos neste mundo, mas apenas após a salvação.”
Visão cristã

… “um estado imaginário, antes atribuído pelos vivos aos mortos, hoje geralmente atribuído pelos adultos às crianças e pelas crianças aos adultos.”
Thomas Szasz, psiquiatra húngaro (1920-)

… “um subproduto de alguma outra coisa que a gente está fazendo.”
Aldous Huxley, escritor inglês (1894-1963)

… “o caminho. Portanto, não existe caminho para a felicidade.”
Mahatma Gandhi, líder nacionalista indiano (1869-1948) 

Cigano Azul

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