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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Pensamento do Dia

Um sábio sempre tira ensinamentos das ações de seu inimigo.


Aristófanes

Cigano Azul

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Pensamento do Dia

O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que abre muito seus lábios se destrói.


Provérbios 13:3

Cigano Azul

sábado, 26 de janeiro de 2013

Pensamento do Dia

O voo até a lua não é tão longo. As distâncias maiores que devemos percorrer estão dentro de nós mesmos.

Charles de Gaulle

Cigano Azul

Qual o seu Orixá



Para ter certeza de qual é o seu Orixá, só mesmo consultando os búzios. Mas nada impede que você se familiarize com eles identificando as características divinas que influenciam tanto a sua personalidade como a das pessoas ao seu redor.:



Você já deve ter pulado sete ondas em homenagem a Iemanjá, provavelmente também já viu algum conhecida usando branco às sextas-feiras só para agradar a Oxalá. O magnetismo dos deuses africanos que regem as matas, os oceanos, os ventos e as tempestades ultrapassou a fronteira dos terreiros para exercer sua influência sobre adeptos dos mais variados credos ou até mesmo sobre aqueles que não professam religião alguma, mas reverenciam a natureza. Reinando absolutos no Candomblé, a religião trazida da África pelos escravos, os Orixás também estão presentes na Umbanda, que nasceu no Brasil no início do século 20, misturando elementos de ritos africanos, catolicismo, espiritismo e ocultismo. Nesse caldeirão da Umbanda, eles convivem com entidades como os Caboclos e Pretos-velhos, de linhagem inferior, já que não são deuses, e sim espíritos. A coreógrafa Ana Vitória se apaixonou pelos Orixás durante um curso de dança afro na Universidade da Bahia. A atração foi tão grande que nem a sólida formação católica nem os anos passados em colégio de freiras constituíram obstáculo para a aproximação. "Sou protegida de Oxóssi e filha de Oxum, a deusa do amor e da fertilidade. Estava tentando ter uma segunda filha quando dancei para ela num espetáculo-solo. Com isso, acho que abri um canal, pois logo depois engravidei”.

Na opinião da antropóloga Rita Segato, o panteão africano funciona como um zodíaco à brasileira, um poderoso instrumento de decifração e de leitura de personalidades, porque cada pessoa tem o próprio Orixá baseado no seu jeito de ser. “Mas a palavra final é do jogo de búzios, que confirma quem será seu guia por toda a vida”, ensina ela, que também é professora da Universidade de Brasília e autora do livro “Santos e Daimones: o Politeísmo Afro-Brasileiro e a Tradição Arquetipal” (Editora Universidade de Brasília). O famoso oráculo de búzios é consultado pelos Pais e Mães-de-santo do Candomblé. Eles têm autoridade para dar conselhos e, além do “Orixá de cabeça”, apontam quem é o “Juntó”, um segundo protetor, que também influi no caráter. Enquanto na África o panteão integra mais de 400 deuses, no Brasil a lista não ultrapassa duas dúzias, entre os quais há nove que disparam em popularidade: Iemanjá, Oxum, Ogum, Xangô, Oxóssi, Iansã, Obaluaiê ou Omulu, Oxalá e Exu. Todos contam com correspondentes na Igreja Católica, pois, como os escravos eram proibidos de cultuá-los, procuravam paralelos para despistar os senhores de engenho. Assim, Iemanjá é Nossa Senhora da Conceição; já o polêmico Exu não combinava com santo nenhum e foi erroneamente associado ao diabo. As razões são históricas, acredita Armando Vallado, sociólogo e Pai-de-santo, autor do livro “Iemanjá, a Grande Mãe Africana do Brasil” (Ed. Pallas): “Exu é um orixá brincalhão, o mediador entre os humanos e deuses. Sua aura de intensa sexualidade apavorou os jesuítas na época em que as religiões africanas chegaram ao Brasil”. A questão é que, sem Exu, o mensageiro, não conseguimos nos comunicar com os deuses. “Por isso é importante tratá-lo bem, acendendo velas e oferecendo-lhe bebidas e comidas”, explica o músico como agradar a todos eles.



Os orixás estão à nossa disposição para ajudar a resolver qualquer assunto, seja dinheiro, saúde ou amor. A conhecida “amarração”, por exemplo, é um rito para trazer a pessoa amada para perto – cerimônia que nem todo Pai-de-santo concorda em comandar porque envolve a manipulação de pessoas. As magias consideradas “maléficas” existem, porém são tabu e ninguém toca muito no assunto: alguns estudiosos afirmam que os trabalhos realizados nos terreiros dependem do grau de consciência do devoto (que faz o pedido) e dos chefes espirituais (que evocam os deuses para realizá-lo). De qualquer modo, a rígida fronteira entre bem e mal e a noção de pecado do mundo judaico-cristão não fazem sentido no Candomblé, que não estabelece regras de conduta. Como os deuses da mitologia grega, eles têm características admiráveis ou questionáveis, apresentando grande complexidade, o que só aumenta o seu fascínio.


Exú, o Mensageiro
Esse controvertido Orixá é o primeiro a ser homenageado nas cerimônias para evitar que atrapalhe o ritual, já que compostura não é com ele. Guardião das encruzilhadas, ele circula na fronteira entre a matéria e o espírito. Os filhos de Exu primam pela inteligência e a astúcia, podendo fazer trapaças. Sentem prazer em comer e beber, têm humor e adoram sexo. A pombagira representa sua versão feminina.

Elemento natural: minérios de ferro

Cores: preto e vermelho
Dia da semana: segunda-feira
Sincretismo: diabo


Oxalá, o Pai
Reverenciado como o deus da criação, ele gerou a terra, os homens, os Orixás. Seus filhos demonstram talento para as funções de chefia, magistério, trabalhos criativos e culturais. Adoram desafios, apreciam ser tratados como especiais e transformam-se em notáveis adversários quando encontram oposição. A aura de dignidade é comum entre os filhos de Oxalá, mas eles também podem se revelar pessoas mandonas ou mesmo chatas.

Elemento natural: ar

Cor: branco
Dia da semana: sexta-feira
Sincretismo: Jesus Cristo


Iemanjá, a Grande Mãe
Senhora dos rios, mares e oceanos, ela é a matriarca dos orixás, personificando a responsabilidade e o encanto da função materna. Embora Iemanjá seja representada como uma mulher linda, o forte de seus descendentes não é a beleza, e sim a capacidade de trabalhar e de proteger a família – suas filhas são ótimas mães. O maior defeito de seus filhos e filhas é falar demais e não saber guardar segredo.

Elemento natural: água do mar e dos grandes rios

Cores: branco, azul e verde-claro
Dia da semana: sábado
Sincretismo: Nossa Senhora da Conceição 


Oxóssi, o Caçador
O Orixá da fauna e da fartura concede aos seus filhos o dom da elegância e curiosidade. Embora sejam bons pais e mães, joviais e amigáveis no trato, têm dificuldade com os parceiros amorosos e costumam apreciar a solidão. Os descendentes de Oxóssi não conseguem ser monogâmicos e sentem-se livres para quebrar compromissos, passando às vezes por irresponsáveis.

Elemento natural: matas e florestas

Cores: verde e azul turquesa
Dia da semana: quinta-feira
Sincretismo: São Jorge e São Sebastião


Omulú, o Curador
O deus da peste conhece tanto as doenças quanto as curas. Transita entre os vivos e os mortos usando uma capa de palha para esconder suas chagas. Quando bebê, Omulu foi abandonado pela mãe e encontrado por Iemanjá, que curou suas feridas. Tímidos e solitários, os filhos desse Orixá derretem-se quando recebem atenção e amor, revelando-se bons amigos. É possível que se tornem deprimidos ou sábios na velhice.

Elemento natural: terra e subsolos

Cores: preto, branco e vermelho
Dia da semana: segunda-feira
Sincretismo: São Lázaro e São Roque


Ogum, o Guerriro
O deus da guerra, da metalurgia e da tecnologia facilita o progresso, as conquistas e as viagens. Seus filhos distinguem-se pela teimosia e pelas atitudes arrojadas. Dotados de uma frieza racional, fazem qualquer coisa pelos amigos, mas não sabem amar sem machucar e acabam despedaçando corações. Dividem a fama de grandes amantes com os filhos de Exu, que é irmão de Ogum.

Elemento natural: ferro forjado

Cor: azul
Dia da semana: terça-feira
Sincretismo: Santo Antônio e São Jorge


Xangô, o Justiceiro
Os filhos do deus do trovão e da justiça se dão muito bem na área de advocacia, negócios e burocracia. De constituição física sólida, eles aparentam integridade e têm apetite por comida, dinheiro e poder – é comum envolverem os outros em suas guerras pessoais. Gostam de ostentar seus amantes, a fidelidade não é o seu forte. Bons amigos e excelentes pais, defendem suas crias como ninguém.

Elemento natural: rochas, raios e trovões

Cores: vermelho, marrom e branco
Dia da semana: quarta-feira
Sincretismo: São Jerônimo e São João


Oxum, a Sedutora
A deusa da água doce, do ouro, da fertilidade e do amor é supervaidosa e a esposa favorita de Xangô. Seus descendentes espirituais detestam a pobreza e a solidão. Costumam ser pessoas insinuantes, que sabem agradar aos seus amores, o que, por outro lado, não as impede de tentar manipulá-los. A beleza e a fortuna – duas coisas que Oxum adora e oferta aos protegidos – podem tanto ser uma dádiva quanto um pretexto para a arrogância.

Elemento natural: rios, lagos e cachoeiras

Cores: amarelo e dourado
Dia da semana: sábado
Sincretismo: Nossa Senhora das Candeias

Iansã, a Guerreira
Senhora dos raios e das tempestades, é a esposa de Xangô que o acompanha nas batalhas e conduz a alma dos mortos ao outro mundo. Deusa do erotismo, Iansã torna os seus filhos mais dotados para a prática do sexo do que para o cultivo paciente do amor. Corajosos, eles podem dar a vida pelas pessoas que gostam, mas não admitem traição. A conversa brilhante e o jeito extrovertido são suas marcas.

Elemento natural: raios, ventos e relâmpagos

Cores: marrom, branco e vermelho
Dia da semana: quarta-feira
Sincretismo: Santa Bárbara

Fonte: http://claudia.abril.com.br/galerias/iemanja-oxala-ogum-xango-e-as-caracteristicas-e-influencias-de-outros-cinco-orixas/?p=/astral/esoterismo

Cigano Azul

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Pensamento do Dia

É preciso grande sabedoria só para perceber a extensão da própria ignorância.

Thomas Sowell

Cigano Azul

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Pensamento do Dia 2

O sábio nem sempre fala o que pensa, mas sempre pensa o que fala.


Aristóteles

Cigano Azul

Pensamento do Dia

Não se queixe de abandono. Ninguém está abandonado pelo Pai. Se notar que está só, que ninguém o procura, faça o inverso: procure você alguém que precise de sua ajuda. Visite os lares pobres, as crianças necessitadas, os corações famintos de seu carinho. Derrame seu coração no seio daqueles que sofrem e você jamais se sentirá abandonado.

Não há salvação fora da Caridade.

Série "Comece o Dia Feliz"

Cigano Azul

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Pensamento do Dia

Cada um de nós é responável por seus atos. Por que vais desanimar pelo que os outros fizeram a você? Que tem você a ver com isso? Siga em frente, ainda que o mundo inteiro esteja contra você. Você há de vencer, mesmo que fique sozinho. Continue sem desânimo, porque você é o único responsável por seus atos.


Série "Comece o Dia Feliz"

Cigano Azul

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Pensamento do Dia


Haja antes de falar e, portanto, fale de acordo com seus atos.


Confúcio

Cigano Azul

Helioterapia


"Tudo depende da energia do sol", afirma o especialista terapeuta holístico Jorge Melo, membro do Comitê Científico Internacional de Pesquisas das Medicinas Ancestrais Naturais. A sabedoria dos povos antigos está emergindo agora, no início do terceiro milênio, e cada vez mais recorre-se à natureza para a solução dos problemas físicos.


HELIOTERAPIA, a cura através do sol. “HELIO” – palavra grega que quer dizer luz, TERAPIA – cura. O sol atinge o corpo através de raios solares, que penetram na pele, levando substâncias radioativas, luminosas, energéticas, curativas, capazes de transformar uma pessoa doente numa pessoa sã.



Os raios solares agem no organismo na transformação do ergosterol em vitamina D, essencial para a absorção do cálcio e responsável pelo fortalecimento dos ossos, unhas e dentes. Por isso, banhos de sol são amplamente recomendados, sobretudo para a terceira idade pois são excelentes aliados no combate à osteoporose.



As reações químicas provocadas por estes raios luminosos, se praticado adequadamente, trará muitos benefícios para o corpo. Depende do tempo e horário da exposição ao sol, este,estimula a energia vital, trazendo-nos mais vida. É possível curar-se de algumas doenças apenas pelos banhos de sol, como gripe, por exemplo. Além disso, é indispensável na cura de doenças sérias como osteoporose e raquitismo.



O sol tem o poder de matar as bactérias (daí o hábito de colocar cobertores ao sol), cicatrizar feridas, estimular o sistema imunológico, entre outros benefícios. Crianças, jovens, adultos e idosos devem tomar banhos de sol, pelo menos 3 vezes por semana, Quanto ao horário é pela manhã, logo cedo ou ao final da tarde porque o sol, com todos os seus benefícios, em excesso, pode queimar a pele e causar desidratação.



O sol é um remédio e como tal, deve ser usado com cautela, até as 10 horas ou a partir das 16 horas, molhando o corpo sempre que suar ou sentir quente. Ficar exposto ao máximo, uma hora, a não ser que esteja em caminhadas, com intervalos em sombras, de preferência debaixo de árvores.



O terapeuta Jorge Melo afirma ainda que o sol atua em problemas brônquio-respiratórios, além de matar germes e bactérias, facilitando a cicatrização. "No Nordeste brasileiro, são comuns casos de Leishmaniose, doença infecto-contagiosa que causa uma espécie de ferida na pele. A medicina convencional receita 90 injeções de antibiótico, que causa efeitos colaterais fortes. Nesses casos, a helioterapia é recomendada porque o sol age na cicatrização e, dependendo do caso, o tratamento leva menos tempo", explica o terapeuta.



A exposição ao sol deve ser feita de forma progressiva, conforme as necessidades de cada paciente, até que se obtenha os efeitos desejados. Usar durante a exposição solar roupas leves. Deixar os raios solares entrarem também nos ambientes da casa. "Onde não entra o sol, entra o médico", sintetiza Melo. Em dias nublados, o tratamento não é interrompido, já que os raios solares continuam incidindo sobre a Terra.



A medicina convencional também utiliza os benefícios do sol. A dermatologista Shirlei Borelli, salienta que o lema da Sociedade Brasileira de Dermatologia é o 'sol na medida certa'". Segundo ela, os raios têm efeito anti-inflamatório e imuno-modulador celular. "Pacientes com vitiligo, por exemplo, precisam do sol para que haja pigmentação da pele", diz.



O dermatologista Abdiel Figueira Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia - regional Rio de Janeiro , complementa que doenças como psoríase e dermatite atópica, entre outas, são tratadas com a irradiação ultra-violeta, principal feixe luminoso do espectro solar. "Preferimos, no entanto, os meios artificiais, pois é utilizado apenas um comprimento de onda específica, no caso a UVA, para não produzir conseqüências", destaca Lima.



Moderação, portanto, é a principal recomendação dos especialistas. Para usufruir as ações solares sem correr o risco de queimaduras, os horários ideais são entre 8h e 10h, ou após às 16h. Mauro Y. Enokihara, professor do Departamento de Dermatologia da Unifesp, ressalta que é preciso considerar os fatores de risco individuais do câncer de pele, como a genética. Por isso, mesmo nesses horários o uso do filtro solar é fundamental.


Fonte: http://pt.shvoong.com/how-to/health/2146479-helioterapia-cura-sol/

Cigano Azul

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Pensamento do Dia

A sabedoria é um adorno na prosperidade e um refúgio na adversidade.


Aristóteles

Cigano Azul

Bioenergética

"Bio" significa vida.

"Bioenergética" é energia da vida.

    
Para ser mais simples, qual é a primeira coisa que você faz ao nascer? Respirar. O bebê tem que respirar e assim todo o sistema começa a funcionar. Quando você pára de respirar, o que acontece? Morre. Respirar é a coisa mais fundamental para nós.
    
Cada emoção que a gente sente tem um reflexo diferente em nossa respiração. Quando você está triste, deprimido, a sua respiração é curta, pequena. Quando você está fazendo amor, a sua respiração é abundante e profunda. Quando você está com raiva, ela é rápida, ofegante. Quando você está com medo, sua respiração quase paralisa. Cada vez que nós queremos/precisamos evitar ou apenas diminuir a intensidade de um sentimento, a nossa respiração encurta e nosso corpo tensiona. Por outro lado, toda vez que permitimos expressar um sentimento, acontece exatamente o contrário: a nossa musculatura se expande e a respiração se amplia, dando uma sensação de alívio.
    
A respiração é o regulador básico de tudo o que se passa com a gente. Depende dela termos mais ou menos energia para a vida. E ela está extremamente vinculada com a nossa musculatura. Ambas trabalham juntas, comandadas pelo sistema emocional. Veja bem, não é pelo nosso intelecto. Você não pensa o tempo inteiro: “agora vou respirar mais e agora menos”, ou “agora vou me contrair mais ou menos”. A resposta imediata que vem ao nosso corpo reflete cada emoção, seja ela natural ou programada.
    
É mais fácil entender se você observar uma criança pequena. Deixe-a deitada, sem roupa. A sua respiração vai até o genital e tem um ritmo suave e profundo.




Entretanto, desde pequenos usamos o nosso corpo para conter sentimentos. “Estou com raiva porque mamãe não me deixa brincar na rua.” A criança sabe que, se expressar essa raiva, vai ser reprimida e até punida. Por isso, aprende a disfarçar seu sentimento e a manipular para conseguir o que quer. Quantas vezes em nossa infância tivemos que esconder o que sentíamos para não sermos punidos? Pouco a pouco, a nossa respiração foi se restringindo. E, com o passar do tempo, o corpo ficou programado para responder automaticamente a situações semelhantes no presente e reforçar ainda mais esse programa. Agora, no mundo adulto, em muitos momentos não conseguimos nos expressar de uma maneira espontânea, mesmo quando intelectualmente sabemos o que devemos fazer.

Mesmo na expressão de alegria e prazer existe essa contenção. Porque muitas vezes os pais, ao verem a criança expressando alegria, acham que ela fez algo errado. Agora, imagina só como isso se reflete nas questões de amor e de sexo. Quantos bloqueios acontecem? Seria muito bom se você se desse conta de como a nossa vida está limitada. Toda a timidez, falta de poder pessoal, de sensualidade, de tesão, de amorosidade, de espontaneidade, estão diretamente vinculados com esse sistema auto repressor.

A bioenergética, através de vários tipos de exercícios em partes diferentes do corpo, pode desprogramar esse sistema fazendo com que seus sentimentos voltem a fluir livremente e, assim, você pare de responder como criança ao mundo adulto. Afinal, agora você é responsável por criar a vida que quer para si mesmo.

O resultado é que cada vez mais você vai conseguir expressar os seus sentimentos, dar importância para a sua qualidade de vida, ficar mais sensível, ter mais clareza e coragem para buscar o que você precisa e quer e não aquilo que os outros esperam de você. A bioenergética é um processo para aqueles que realmente querem transformar a sua vida.



Cigano Azul

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O Tao

A palavra Tao pode ser traduzida como caminho e sentido. Pode ser entendida como o caminho de transformação do homem, a busca da unidade consigo mesmo, com outros e com a natureza.

É o retorno à Grande Mãe, de onde tudo foi gerado, a mão dos 10 mil seres, é a integração. Segundo o Taoismo, pela prática do Wu-wei, a não-ação, podemos encontrar o Tao. O Wu-wei não significa passividade, mas o entendimento do movimento natural e integrado ao céu e à terra, é o movimento de curvar-se que permite às àrvores não serem arrancadas do solo quando sopra o vento forte. Viver no Tao é caminhar de acordo com o céu e a terra – é o caminho do meio. Segundo Lao-Tse, considerado o pai do Taoismo: “O sábio governa através da não internvenção, ensina através do não falar... termina sua obra sem apegar-se a ela. E como não se apega a ela, ele continua”.

A natureza do Wu-wei simboliza um estado de completude pela aceitação da sabedoria e do amparo do universo, na medida que estamos inteiros com o céu e a terra, o céu e a terra tornam-se o próprio caminho. Não há separação; os pingos de água da chuva, quando caem no oceano, tornam-se o oceano em seu potencial. Os ciclos fazem parte do processo de transformação em toda a natureza: aceitá-los e com eles fluir é a prática do Wu-wei que leva à experiência do Tao, o tornar-se oceano. O Tao não pode ser definido, é inexprimível em palavras pois é a experiência interior, o estado de ser e estar de cada um. “O Tao que pode ser expresso não é o Tao eterno”. Seus atributos são semelhantes à noção ocidental de Deus, é a causa primeira, a totalidade, o princípio que engendra o mundo, a criação manifesta em tudo que existe.

Está escrito no Tao Te Ching:

O grande Tao é onipresente:
pode estar à direita e à esquerda.
Todas as coisas lhe devem a existência,
e ele não as recusa.

Realizada a obra,
ele não a chama de sua propriedade.

Ele veste e alimenta todas as coisas
e não pretende ser o senhor delas.

Por estar continamente sem desejos,
podem chamá-lo de pequeno.

Como todas as coisas dependem dele,
sem conhecê-lo como seu soberano,
podem chamá-lo de grande.


O Taoísmo

O Taoísmo é uma filosofia que trata da essência da natureza da condição humana. Visa a harmonia com o cosmos em sua natureza dinâmica. A iluminação se dá através de situações práticas do dia a dia; seus princípios apontam a direção, mas o caminho que será percorrido para chegar é de cada um. O dedo que aponta para a lua é apenas um indicador: devemos olhar para a lua e não para o dedo que a aponta.

O Taoísmo enquanto filosofia fazia parte de um aprendizado esotérico, ou seja, praticado por pequenos grupos em torno de um mestre, que formaram uma escola que floresceu entre os séculos V e III a.C. Preconizava a vida em acordo com a natureza obedecendo as leis do Tao, o princípio primordial.

Para o Taoísmo a origem de tudo é o vazio, o não-ser, e é também o destino para qual todas as coisas retornam. Do vazio surge a forma, e da forma, o vazio. Esta milenar observação chinesa é análoga à teoria da relatividade da física moderna, que criou dois conceitos opostos: de matéria e energia, uma transformando-se incessantemente na outra. Este fenômeno de transformação não implica um julgamento de valor – nem a forma é boa, nem o vazio ruim, e vice-versa. O que se revela é uma relação de harmonia e equilíbrio entre todas as coisas.

Isto é natureza: equilíbrio harmonioso. Nós somos parte dela: o que ocorre no meio ambiente ocorre com o ser humano. Conhecendo a natureza, você aprende a conviver em equilíbrio consigo mesmo e com o meio. Equilíbrio significa vida e morte, fraqueza e força, saúde e doença, pois o Tao é responsável por todos os lados deste balanço.


O Yin-Yang

O princípios do Yin-Yang data de aproximadamente 3 mil anos antes de Cristo e está presente em todas as instâncias do pensamento chinês: na filosofia, na medicina, na religião, no comportamento e na própria espiritualidade. Podemos pensá-lo como estados de polaridade e de dualidade: Yin (feminino, receptivo, sombrio, intuitivo); Yang (masculino, criativo, luminoso, racional). Aparentemente, ao olhar ocidental eles parecem opostos, porém aprofundando um pouco nossa percepção vemos que são complementares: a luz existe porque existe a sombra, um se define pelo outro. Esta percepção sutil concede a unidade através da dualidade, dando ao pensamento chinês uma característica ímpar no entendimento do homem e da vida, que é a noção dos valores não absolutos. Nada é extamente como parece ser, pois o ser está sempre em mutação (vir a ser).

O Yin e o Yang manifestam os aspectos do tempo e do espaço: o Yin está ligado ao norte da montanha, sul do rio, ao lado sombrio. O Yang relaciona-se à luminosidade, ao dia, ao norte do rio, ao sul da montanha. Esta dualidade é aplicada em todas as dimensões da cultura chinesa a começar pela ritualização para a execução de atos cotidianos através de cerimônias.

O Yin-Yang é representado pelo Tai Chi, um círculo dividido em luz e escuridão, simbolizando a mutação como a única regra imutável da natureza; quando a luz atinge seu cume, tem início a escuridão. Na parte luminosa há um pequeno círculo escuro, e na parte escura há outro pequeno círculo, porém luminoso. Isto significa que todas as coisas trazem em si seu oposto.


A Origem de Todas as Coisas

A origem do Universo na concepção chinesa expressa-se através do vazio inicial. O vazio contém a plenitude ainda não exteriorizada, inclusive o desejo de criar que ao manifestar-se dá início a criação do Universo originando as forças polares Yin e Yang. A atuação destas foras determinam a natureza das formas sobre a terra (o mundo) cujos atributos se revelam pelos cinco elementos: a água, a terra, o fogo, a madeira e o metal. No Ocidente trabalhamos com a noção de quatro elementos constitutivos da natureza: fogo, terra, água e ar. Esta diferença de concepção denota uma sutileza que favorece aos chineses, pois perceberam que o ar é um atributo do Céu e está presente nos cinco elementos simbolizando o sopro da criação que insere a vida e a vitalidade aos elementos. É justamente esta vitalidade que permite o movimento dos elementos que por sua vez moldam o homem e o mundo.


O Chi

O Chi é a energia vital que anima a vida. Ele permeia a terra e tudo sobre ela, é a vidda se realizando, alimentando-se de si mesma, como uma serpente se autodevorando num círculo de vida que gera a vida. É o alento cósmico, a vitalidade do ser. Está no céu, na terra e no homem, fomenta os elementos, a matéria, faz o sol arder e as estrelas brilharem.

Segundo suas características energéticas, podemos classificá-lo em:
-      Sheng Chi: emana equilíbrio e bem-estar. É o Chi auspicioso.
-      Sha Chi: o excesso de Chi que gera hiperatividade, tensão e desconforto.
-      Si Chi: falta de energia, que dá a sensação de estagnação, paralisia e frio.


Os Cinco Elementos

Os chineses definiram cinco atributos que definem a essência do Chi: o fogo, a terra, o metal, a água e a madeira. A relação entre eles pode ser criativa (geradora) ou destrutiva (de equilíbrio).

Ciclo Criativo
O fogo produz a terra (cinzas),
a terra gera os minerais (metal),
o metal gera ou retém a água através da fusão,
a água nutre a madeira,
a madeira alimenta o fogo, reiniciando o ciclo.

Ciclo Destrutivo
A madeira penetra a terra (raízes),
a terra absorve a água,
a água apaga o fogo,
o fogo dissolve o metal,
 o metal corta a madeira, reiniciando o ciclo.

Inserindo o elemento faltante (no Ciclo Criativo) ou moderando sua ação (através do Ciclo Destrutivo), podemos estabelecer a harmonia energética de um ambiente através da adequação destes elementos à função que se destina o espaço (Feng Shui).


Os Caminhos da Vida e sua Intuição

Os caminhos da vida são tão diversificados quanto os seres através do qual ela se expressa. Precisamos saber discernir o que querem de nós e o que queremos para nós – isto é um exercício de poder, do nosso poder. Quando delegamos nosso equilíbrio, nosso poder para algo externo a nós, é porque realmente estamos desequilibrados, e portanto devemos nos manter atentos, pois a natureza é sábia e não nos criaria sem a aparelhagem natural necessária para nos suprir da energia vital que ela mesma, abundantemente, oferece.

A casa que habitamos, por exemplo, é um reflexo de nós. Trocar móveis, pintar paredes, jogar o lixo fora, desentupir suas “veias” retirando objetos que não precisamos mais faz parte do que podemos chamar de zelo e cuidado conosco e com o meio a nossa volta, e mostra que estamos em sintonia com as mudanças que ocorrem tanto em nosso interior quanto no exterior.

Quando alguma coisa nos agradava e a partir de um determinado momento não nos agrada mais, deve haver algum motivo pelo qual isto ocorreu, correto? Neste momento é bom pararmos para perceber que mudamos interiormente, ou que a vida está nos chamando para efetuar mudanças que já não condizem mais com o que somos. Se a energia da vida é mutante, é normal que a transformação se dê em nós também. Muitas vezes resistimos por apeg ou medo, e então sofremos pois saímos do fluxo natural da vida. Manter uma ambiente exterior de acordo com o nosso interior é instintivo e inato a todo ser humano e especialmente aos animais, que sabem muito bem onde e como construir seu abrigo pois estão em sintonia com o Céu e a Terra.

Viver em boa integração com o meio gera equilíbrio pessoal, e o equilíbrio pessoal proporciona a condição que nos permite desfrutar melhor o meio: é uma relação de mão dupla, mas o pontapé inicial é seu.

A regra básica é se perguntar: “Isto está bem para mim”? Se o seu coração disser que sim, então está tudo bem. Ele sempre é o nosso melhor consultor.


Cigano Azul

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Orixás

Na mitologia iorubá, Orixás (yoruba Òrìsà) são divindades ou semideuses criados pelo Deus supremo Olorun. Os Orixás são guardiões dos elementos da natureza e representam todos os seus domínios no aye (a realidade física em que os humanos estão inseridos segundo a tradição iorubá). Também existem Orixás intermediários entre os homens e o panteão africano que não são considerados deuses, mas "ancestrais divinizados após à morte". Os Orixás são cultuados no Brasil, Cuba, República Dominicana, Porto Rico, Jamaica, Guiana, Trinidad e Tobago, Estados Unidos, México, Venezuela e Portugal.

Na mitologia, há menção de 600 Orixás primários divididos em duas classes:
- 400 dos Irun Imole ("Orun" ou céu), classificados como Orixás;

- 200 dos Igbá Imole ("Aiye" ou terra), classificados como Ebora.

Destes, surgem os Orixás Funfun ("brancos", que vestem branco, como Oxalá e Orunmilá), e os Orixás Dudu ("pretos", que vestem outras cores, como Obaluayê e Xangô).

- Exu: o Orixá guardião dos templos, encruzilhadas, passagens, casas, cidades e das pessoas, é o mensageiro divino dos oráculos.
- Ogum: Orixá do ferro, guerra, fogo, e tecnologia, deus da sobrevivência.
- Oxóssi: Orixá da caça e da fartura.
- Logunedé: Orixá jovem da caça e da pesca.
- Xangô: Orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.
- Ayrà: Usa branco, tem profundas ligações com Oxalá e com Xangô.
- Obaluaiyê: orixá das doenças epidérmicas e pragas, orixá da cura.
- Oxumaré: Orixá da chuva e do arco-íris, o dono das Cobras e das transformações.
- Ossaim: Orixá das Folhas sagradas, conhece o segredo de todas elas. Junto com Oxóssi, protege as matas e os animais.
- Oyá ou Iansã: Orixá feminino dos ventos, relâmpagos e tempestades. Também é a orixá das paixões.

- Oxum: Orixá feminino dos rios, do ouro, deusa das riquezas materias e espirituais, dona do amor e da beleza, protege bebês e recém-nascidos.

- Iemanjá: Orixá feminino dos mares e limpeza, mãe de muitos Orixás. Dona da fertilidade feminina e do psicológico dos seres humanos.
- Nanã: Orixá feminino dos pântanos e da morte. Protege idosos e desabrigados. Também dona da chuva e da lama. É mãe de Obaluaiê e junto com ele, dona das doenças. Mais velha Orixá do panteão africano.
- Yewá: Orixá feminino do Rio Yewa. Protetora das moças virgens e dona da vidência.
- Obá: Orixá feminino do Rio Oba. Dona da guerra e das águas.
- Axabó: Orixá feminino e pouco conhecido, é da família de Xangô.
- Ibeji: Orixás crianças, gêmeos, protegem as criancinhas.

- Irôco: Orixá da árvore sagrada, (gameleira branca no Brasil).

- Egungun: Ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás.
- Iyami-Ajé: É a sacralização da figura materna, a grande mãe feiticeira.
- Omulu: Orixá da morte.
- Onilé: Orixá do culto de Egungun.
- Onilê: Orixá que carrega um saco nas costas e se apóia num cajado.
- Oxalá, orixá do Branco, da Paz, da Fé.
- Obatalá: O mais respeitado, o pai de quase todos Orixás, criador do mundo e dos corpos humanos.
- Ifá ou Orunmila-Ifa: Ifá é o porta-voz de Orunmila, Orixá da adivinhação e do destino, ligado ao Merindilogun.
- Odudua: Orixá também tido como criador do mundo, pai de Oranian e dos yoruba.
- Oranian: Orixá filho mais novo de Odudua.
- Baiani: Orixá também chamado Dadá Ajaká.
- Olokun: Orixá divindade do mar.
- Olossá: Orixá feminino dos lagos e lagoas.
- Oxalufan: Qualidade de Oxalá velho e sábio.
- Oxaguian: Qualidade de Oxalá jovem e guerreiro.
- Orixá Oko: Orixá da agricultura.

Cigano Azul