Li hoje este artigo no Yahoo, e penso que seja interessante para nossa reflexão. Boa leitura!
Pessoas públicas deveriam ser
responsáveis. Tudo o que elas dizem vai atingir muita gente e mexer com a vida
dessas pessoas. Seja para o bem ou para o mal. Transformar o dia a dia de
alguém em uma luta contra si mesmo é um dos maiores erros que uma pessoa pode
cometer.
E isso é o que mais vemos famosos
fazendo. Quando uma atriz diz que aprendeu a aceitar seu corpo depois de
emagrecer 30 quilos isso diz muito mais do que a frase deveria dizer. Essa
pessoa está fortalecendo um padrão de beleza irreal e que não será alcançado
por grande parte das pessoas. E mesmo que pudesse ser alcançado, por que
deveria?
Mas nós temos famosos e temos a Jennifer
Lawrence, protagonista da série Jogos Vorazes, que está nos cinemas com mais um
filme, o 'Em Chamas'. J.Law, como é chamada pelos fãs, não deixou que Hollywood
transformasse quem ela é e nem suas ideias do que é absurdo ou certo.
Em um chat com o Yahoo! Screen a
atriz foi perguntada sobre que conselho ela daria para garotas que precisam
lidar com cobranças sobre sua aparência – todas! – e a resposta da atriz foi
perfeita: “Isso é algo que todas nós
passamos. Eu passei por isso na escola. O mundo tem um padrão – nós vemos essas
modelos retocadas... Você não pode deixar isso abalar você. Sua aparência é
como é. E fique confortável com isso. O que você vai fazer? Passar fome todos
os dias para fazer as outras pessoas felizes? Isso é burrice”!
Se ela tivesse parado por aí a
gente já estaria vibrando, mas então ela continuou: “E tem esses programas, como o Fashion Police, que mostram pessoas
julgando outras pessoas baseadas em coisas... Eles valorizam as coisas erradas
e é ok chamar as pessoas de feias, gordas, dizer que isso é divertido e que é o
mundo real. Isso não deveria ser o mundo
real. Isso vai ser o mundo real se você permitir. Isso não vai parar até nós
pararmos de tratar uns aos outros dessa maneira, temos que parar de chamar
uns aos outros de gordos... Com essas expectativas irreais em relação à mulher.
É triste que a mídia mantenha isso vivo e alimente essa chama”.
A gente não poderia concordar
mais. Aqui na coluna falamos muito sobre aceitar seu corpo como ele é, do
tamanho que é, sem lutar para transformá-lo em algo que uma revista disse que é
o certo. Amar seu cabelo, seus traços e sua personalidade. Ser uma pessoa
livre. Se você não amar quem você é não vai estar feliz com corpo nenhum. A
felicidade é outra coisa.
Somos totalmente a favor de
transformar seu corpo. Afinal, ele é seu. Mas desde que isso seja feito
conscientemente e não por interferência de padrões irreais enfiados goela
abaixo.
Fica aqui uma reflexão: por que
podemos colocar silicone em qualquer parte do corpo e aspirar gordura,
transformando quem somos, sem precisar passar por aconselhamento de psicólogos
e psiquiatras e uma pessoa que sempre se sentiu no corpo errado e quer fazer
uma cirurgia de mudança do órgão genital precisa provar para o mundo que aquilo
é realmente necessário? Por que tudo o
que é para agradar aos outros e entrar no padrão é mais fácil do que aquilo que
vai garantir nossa felicidade? A gente ainda volta nesse assunto, mas, por
enquanto, vamos apenas pensar sobre ele.
Cigano Azul
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